segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Amor à prestação

Em tempos de Crise, a ordem é apertar os cintos, suspender os supérfluos e economizar, mas, há tempos que andamos apertando-os na esperança de sufocar paixões, tratando relacionamentos como supérfluos e economizando o “ineconomizavel”, o amor. A regra básica é não desperdiçar e apenas amar quando a pessoa certa aparecer em sua porta com um atestado de amor verdadeiro, registrado em cartório e com firma reconhecida. Assim, a correria e rotina do dia-a-dia tornaram-se as maiores justificativas para não perder tempo com “bobagens” e não se apegar à coisas que podem de alguma forma estourar o orçamento. Matematicamente, a falta de tempo é diretamente proporcional ao medo de amar e sofrer. Tal imagem de amor e sofrimento intimamente ligados está gravada em nosso subconsciente, nos afastando uns dos outros e temorizando prática e teoria. Nada está passível de cortes, olhar nos olhos custa caro e está terminantemente proibido. Abraços? Apenas em festas de finais de ano, aniversários e ainda assim a meio corpo, sempre de forma fria e rápida. Beijos quentes e arrebatadores somente em meio à embriaguez e passível de amnésia alcoólica.
É… são dias difíceis para esbanjadores, tudo é servido a conta-gotas e comercializado a granel. Amar custa caro e declarar é burocrático. Nosso sentimento é condicional e faturado, não usamos por medo de “levar cano” e de tanto economizar acabamos nos precipitando por medo de vencer o prazo de validade. Exatamente como se fossemos crianças deixando de aproveitar doces, balas e sorvetes após a escola para comprar o tão sonhado brinquedo que em poucos meses não servirá mais.
Por fim, externar essa vontade de esbanjar é necessário, dizer “eu te amo” sem receio de não ser correspondido, e caso seja reciproco, o caminho é não ter medo de fazer dívidas a curto, médio e longo prazo, gastar até a última moeda, pois o amor se origina de uma fonte renovável.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Meu vício

Não consigo falar aos outros, o meu egoísmo é tal que somente consigo falar dos meus sentimentos comigo mesmo. Sempre falo o que penso mas quando quero falar do que sinto a você, passo a noite pensando no que deixo de falar, então a alternativa para tratar-me desse mal é escrever, fazia isso a uns anos atrás. Ainda que ninguém leia, o importante de escrever é sentir que está de alguma forma colocando pra fora aquilo que já está transbordando de si.

A cada dia a alma pesa, o sentimento cresce e a mente padece em mil pensamentos e ilusões sobre ti, quando tento não pensar, me pego com a linha ocupada, uma mensagem na caixa postal e um alarme me lembrando dos teus olhos que pouco os ví, talvez nos tempos em que me afeiçoei a ti os vi uma única noite em que o acaso fez questão de me presentear. Minha mente anda tão pertubada e alhei a mim, fazendo coisas que nunca fiz e loucuras que não participo, a vontade de te ver sorrir é mais prazerosa do que conquistar o almejado e te agradar é o combustivel para minha satisfação.

Não sei bem no que isso consiste, só sei que assusta e me tira de mim, já não sinto o peso dos meus problemas, nem as angustias da mudança drástica de fase, so sinto que vc está se tornando parte essencial nos meus dias, e essa distância só me torna mais dependente, me arrisco a dizer que você é meu vício, pois, se não trocar algumas palavras mesmo que seja apenas um “boa noite” meu dia foi em vão.

terça-feira, 12 de junho de 2012

domingo, 3 de junho de 2012

Sentimento em frase

Minha vida é feita de partidas e chegadas, amores biodegradáveis e paixões fulminantes, pois meu coração ama em partida, esquece em chegada e sofre em saudade.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Machuquei lá!

Ai! Que dor…

Machuquei minha parte mais sensível

Essa é a pior dor que poderia sentir

Machuquei lá!

Onde?

No coração.

Que dor de cotovelo!

A frase e o tempo

As soluções para os nossos problemas estão prontas, nós que ainda não estamos.

O cheiro do futuro

Adoro o cheiro de café fresco, ele me ajuda a lembrar de que tenho que acordar apertar o pause em sonhar e dar o play em realizar. Hoje acordei com a cabeça fervendo em ideias, e com o corpo disposto a enfrentar os entraves necessários a colocá-las em prática. Momentos decisivos da minha vida foram antecedidos por manhãs deste tipo, as experiências mais enriquecedoras que vivi, foram inspiradas em manhãs como esta e hoje espero não ser diferente. Trocar a vontade de ficar debaixo do cobertor em um início de dia frio pelo get up da vida, correr em busca daquilo que muitas vezes nem sabemos o quão grandioso e decisivo poderá ser, seguindo apenas o chamado de uma manhã. Pode ser que se pense algo hoje e realize diferente amanhã, o importante não é realizar exatamente o planejado, mas sim dar inicio à concepção e viver a experiência de conquistar pouco a pouco algo que não sabe, mas foi o que sempre quis. E se todas as minhas manhãs fossem como esta? Talvez sejam, o problema é que na maioria das vezes a dúvida me tira a oportunidade de sentir o cheiro do futuro.

domingo, 20 de maio de 2012

Saudade

Só uma coisa é realmente sustentável… a saudade. Quando pensamos em seu fim ela vem de uma hora para outra e parece maior que outrora, chega e arrebata nossos sentidos e destroça nossa razão, nos faz ver o quão pequenos somos diante dela e nos faz sentir um homem-bomba.

Saudade é tirania, é ditadura, é terrorismo, não te dá escolha, te amedronta e te fere, mas saudade também é amor, um sorriso, um momento, um olhar, um lugar especial, o gosto da comida da vó e o cheiro da mãe.

Como diz Geraldo Espíndola na música vida cigana: “saudade existe pra quem sabe ter”, sendo assim saudade não é pra guardar, muito menos sofrer, saudade existe pra se encontrar, pra rever, pra lembrar que ela só existe porque existe amor e com amor podemos acreditar que tudo é possível.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Louco

Não foi intenção, nem atenção
Foi demência, bobismo e paixão
Não sei se estou aqui ou ai
Se estou por fora ou por dentro de ti

Fui louco, perdi a razão.
Perdi o senso e a direção
Sem saber como agir
Louco, louco…perdão

Não sei se é melhor sentir ou sem ti
Se te encontrar é meu ir e vir
Se me enganar é saber
Se fingir é fugir

E quando eu me pego a pensar-te
Lucido estou, mas se te esqueço
Louco padeço, me perco e quem sou?
Sem endereço, sem rumo, nem voo

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Migalhas

Sinto-me como Joãozinho e Maria
A tentar encontrar o rastro de migalhas
Migalhas estas, deixadas por ti
E encontrar novamente o caminho de volta
O desgaste é fato e o desânimo iminente
Mas a altura em que me encontro não é fácil seguir, nem voltar.
A escolha é dificil.
Decido seguir, e ao chegar encontro as migalhas que sumiram do caminho
Elas estão aos seus pés, mas percebo que já não posso viver delas
Decido então retornar ao caminho e vejo um rastro
Um rastro de mim
Sim, fiz a escolha errada e me deixei pelo caminho.

domingo, 15 de abril de 2012

As duas faces

Sei que não se importa
Quando ao sol fico a te ver
Vejo que não se convence
Com essas flores tão fusas, pra que?
E isso tudo é tão estranho
Esse amor rebuscado sem ter
O perfeito e o defeito agora
Estão tendo motivos pra não ter...

Pois amar é mais que isso
Se me atiro, me jogo e me arrisco
Entre o fogo e o gelo do mesmo amor
No calor da paixão e fulgor
Que me ergue a taça
É porque me vejo em teu amor
Abandonado e sem motivos pra crer
No sentido de tudo ao te perder. 

Sem razões

O amor não quer ter razão.
E como não quer ter razão,
Quer abraço, quer que abrace, quer que esqueça
Oque há de mais importante do que o sentir
Hoje eu não quero razão, até posso ser razoável
Ouvir e deixar você sair sem despedidas, eu não ligo
Seja por medo, descuido ou até mesmo desprezo
O que me interessa é viver sem razão, sem explicação
Os “porquês”? deixo para os céticos
E escolho a dúvida, pois só ela me dá o alcance necessário a amar…